Curitiba|Por Cláudio Cassiano

 

Nos últimos dias, a administração de Santa Fé foi abalada por revelações sobre os gastos excessivos em diárias do Secretário de Comunicação e Transparência, Durval Neto. Em um período de apenas 11 dias, o secretário acumulou R$ 2.800 em diárias, um valor que, em comparação com a renda mensal de muitos cidadãos, é exorbitante e suscita uma série de questionamentos sobre a ética e a transparência na gestão pública.

 

A Dinâmica das Viagens

 

As viagens realizadas por Neto, incluindo a recente ida a Curitiba, onde participou da posse do novo presidente da Assembleia, e a ida a Foz do Iguaçu, levantam sérias dúvidas sobre a legitimidade e a necessidade dessas despesas. A justificativa apresentada para tais deslocamentos esbarra na falta de clareza e na transparência, pilares fundamentais que deveriam reger a atuação de um secretário responsável pela comunicação e pela divulgação de informações.

 

 Um Olhar Sobre os Números

 

Se mantivermos a média de diárias recebidas, podemos projetar um cenário alarmante: ao longo de um mandato de quatro anos, considerando 1.460 dias, o secretário poderia acumular cerca de R$ 369.600 em diárias. Este montante não apenas destaca a necessidade urgente de uma revisão nos procedimentos de concessão de diárias, mas também expõe uma fragilidade no controle de gastos públicos. A situação clama por uma auditoria rigorosa e um escrutínio minucioso.

 

 Questões de Transparência

 

A função de Durval Neto, como Secretário de Comunicação e Transparência, deveria ser um exemplo de responsabilidade e ética. No entanto, a opacidade em torno das justificativas para suas viagens e o uso de recursos públicos levanta questões sobre a real intenção por trás de tais deslocamentos. A falta de um protocolo claro e a ausência de explicações convincentes apenas exacerbam a desconfiança da população.

 

 Vigilância e Fiscalização

 

A RTVC, comprometida com a verdade e a justiça, anuncia que não apenas acompanhará de perto essa situação, mas também investigará cada centavo gasto. A população merece saber como seus recursos estão sendo utilizados e quem está realmente se beneficiando dessa estrutura. A responsabilidade fiscal deve ser uma prioridade inegociável em qualquer administração pública.

 

Enfim…

 

Diante desse cenário, é imperativo que haja uma mobilização em prol de uma gestão mais transparente e responsável. A sociedade não pode se calar diante de gastos questionáveis e da falta de clareza por parte de autoridades. O futuro da gestão pública em Santa Fé depende da vigilância ativa da população e da disposição para exigir a prestação de contas de seus gestores.