Luziânia|Por Alex Soares (Blaublau)
Em Luziânia, Goiás, as crianças têm sentido os efeitos das decisões administrativas que refletem o cenário de instabilidade política no município. Até o ano passado, os alunos que permaneciam cinco horas na escola recebiam dois lanches diários. Porém, em uma medida polêmica, a Secretaria de Educação, liderada por Maria Luiza, anunciou que, a partir deste ano, haverá apenas um lanche por turno.
A decisão gerou indignação entre os pais, que dependem das escolas para garantir a alimentação adequada de seus filhos. A reportagem ouviu várias famílias impactadas pela mudança. Uma mãe, visivelmente preocupada com a nova diretriz, afirmou que considera abandonar o emprego, temendo que seus dois filhos enfrentem dificuldades nutricionais. “Não consigo me concentrar no trabalho sabendo que eles podem estar se alimentando mal na escola”, desabafou.
A polêmica decisão acontece em um momento delicado para a gestão do prefeito Diego Sorgatto, reeleito recentemente com votação expressiva. Apesar da vitória nas urnas, a administração municipal tem enfrentado críticas relacionadas a supostas irregularidades e denúncias de má gestão. Para muitos, a redução no fornecimento de lanches é vista como mais um reflexo de uma gestão que, segundo moradores, não prioriza as necessidades básicas da população.
A repercussão entre a comunidade escolar é de frustração e incerteza. Muitos pais argumentam que a escola deveria ser um espaço de acolhimento e apoio, especialmente em tempos de crise econômica. Para algumas famílias, os lanches fornecidos nas instituições de ensino representam uma parte essencial da alimentação diária das crianças.
Nosso espaço está aberto para que a Secretaria de Educação de Luziânia e a Prefeitura Municipal se manifestem e expliquem os motivos dessa decisão, que, para muitos, representa um retrocesso no cuidado com as crianças do município. Até o fechamento desta matéria, não houve qualquer posicionamento oficial por parte das autoridades.
Enquanto isso, as crianças e suas famílias seguem como as principais prejudicadas, enfrentando a incerteza de um futuro que parece cada vez mais desafiador.