Valparaíso | Por Alex Soares
A crise na saúde pública de Valparaíso de Goiás se agrava. Em um ato de indignação, médicos das unidades de urgência e emergência emitiram uma nota de repúdio denunciando perseguições, retaliações e assédio moral. Além de relatar o ambiente de trabalho tóxico, os médicos tomaram a frente para defender técnicos de enfermagem, que, segundo eles, estão sendo demitidos de forma arbitrária como represália a um movimento grevista anterior liderado pelos próprios médicos.
A denúncia evidencia uma postura considerada “covarde” por parte da secretária de Saúde, Luciana Mendes, e da superintendente de Saúde, Ana Carolina Bezerra. Enquanto a greve dos médicos não resultou em ameaças de demissão, agora se observa uma suposta retaliação direcionada aos técnicos de enfermagem, com rumores de uma possível demissão em massa no setor de saúde municipal.
Essa situação se soma a um histórico problemático herdado da gestão do ex-prefeito Pábio Mossoró, que deixou um rombo milionário na saúde, comprometendo os serviços essenciais do município. Os médicos também criticam a atual administração do prefeito Marcus Vinícius, apontando falta de ação para reverter os problemas deixados pela gestão anterior e resolver os desafios atuais.
A ausência de fiscalização por parte dos vereadores eleitos em 2025 é outro ponto de questionamento, agravando a sensação de abandono dos trabalhadores da saúde e da população que depende dos serviços.
Impacto na Qualidade do Atendimento
O ambiente de trabalho hostil e marcado por conflitos prejudica diretamente a qualidade do atendimento prestado à população. Médicos desmotivados, técnicos de enfermagem sobrecarregados ou demitidos e a falta de suporte psicológico afetam tanto a saúde mental dos profissionais quanto a capacidade de resposta em situações de emergência. Com isso, vidas estão sendo colocadas em risco.
Especialistas apontam que a valorização dos profissionais de saúde é fundamental para garantir um atendimento humanizado e eficaz. Isso exige condições dignas de trabalho, remuneração justa e respeito às funções dos trabalhadores.
Apelo por Soluções
Os médicos pedem que as denúncias de perseguição e assédio sejam apuradas com seriedade e que medidas sejam tomadas para impedir práticas abusivas. Além disso, defendem o diálogo entre gestores e profissionais, visando construir um ambiente ético e colaborativo.
A população de Valparaíso, que já sofre com a precarização dos serviços de saúde, espera respostas urgentes dos gestores municipais e maior engajamento do Legislativo na fiscalização e resolução dos problemas. Sem essas ações, a crise na saúde pública pode se aprofundar ainda mais, com impactos irreparáveis tanto para os profissionais quanto para os pacientes.
Autoridades Sob Pressão
A cobrança recai sobre o prefeito Marcus Vinícius, a secretária de Saúde, Luciana Mendes, e a superintendente de Saúde, Ana Carolina Bezerra, que precisam agir para evitar o colapso do sistema de saúde no município. Além disso, críticas se voltam para a falta de fiscalização dos vereadores eleitos em 2025.
Diante de um cenário de denúncias, insatisfação e insegurança, a transparência e o comprometimento das autoridades serão essenciais para reverter essa situação crítica e recuperar a confiança da população em um sistema de saúde já combalido.