Valparaíso| Por Alex Soares
A saúde pública de Valparaíso de Goiás tornou-se o maior desafio para a nova secretária municipal, Luciana Caixeta, que assumiu a pasta no início da gestão do prefeito Marcus Vinícius, seu esposo. Enfrentando uma greve de médicos devido à falta de pagamentos atrasados pela administração anterior, liderada por Pábio Mossoró, a secretária encontrou um cenário alarmante: profissionais sem salários, terceirizados sem 13º, vale-alimentação e vale-transporte, além de unidades de saúde como a UPA do bairro Marajó fechadas há mais de dois anos.
A transição turbulenta evidenciou os problemas acumulados na gestão passada. Funcionários relatam que o atraso nos pagamentos não apenas afetou sua subsistência, mas também impactou diretamente os serviços prestados à população. Moradores reclamam de filas intermináveis, falta de medicamentos e unidades médicas superlotadas, reflexos do descaso administrativo anterior.
Apesar desse cenário, Luciana Caixeta carrega consigo a expectativa de uma gestão técnica e eficiente. Reconhecida como a única integrante do secretariado com perfil técnico, sua nomeação trouxe esperanças para quem conhece seu histórico e competência. Ex-secretários e vereadores afirmam que a nova secretária tem as qualificações necessárias para enfrentar a crise, mas apontam que a má gestão de Mossoró deixou um “rombo” difícil de superar.
“Luciana é preparada e tem experiência, mas o que encontramos na saúde é uma verdadeira herança maldita. Será um grande desafio corrigir os erros e dar à população o atendimento digno que merece”, destacou um ex-vereador que preferiu não se identificar.
Populares, por outro lado, mantêm a esperança, mas admitem a dificuldade de confiar em melhorias a curto prazo. “Sabemos que ela é capaz, mas a situação é muito grave. A saúde está praticamente falida”, comentou a dona de casa Maria do Carmo.
A administração de Marcus Vinícius começa sob intensa pressão, com Luciana liderando esforços para reverter o quadro crítico na saúde. A recuperação exigirá ações rápidas, planejadas e, acima de tudo, o compromisso com a população, que há anos sofre com a precariedade do sistema.
A pergunta que paira em Valparaíso é: será possível, em meio ao caos herdado, transformar a saúde pública e resgatar a confiança dos moradores?
Estaremos de olho…!