Valparaiso de Goiás | Por Alex Soares Blaublau

 

A situação dos funcionários terceirizados da saúde de Valparaíso é crítica e reflete uma grave crise na administração pública do município. Atrasos no pagamento dos salários, que deveriam ter sido quitados no último quinto dia útil de janeiro, somam-se à falta de pagamento do décimo terceiro salário e do vale-alimentação, que está atrasado há mais de 60 dias.

 

Além de agravar as condições de vida dos trabalhadores, esses problemas evidenciam um cenário de desrespeito aos direitos trabalhistas e de má gestão no setor.

 

Impactos nos Trabalhadores e na População

 

Os prejuízos financeiros enfrentados pelos profissionais são enormes. Muitos deles dependem exclusivamente do salário para pagar despesas básicas, como aluguel, contas de energia, água e transporte. A ausência do vale-alimentação compromete ainda mais a sobrevivência de suas famílias, colocando muitos em situação de insegurança alimentar.

 

No campo emocional, o cenário é igualmente desolador. A incerteza sobre os pagamentos gera estresse, ansiedade e desmotivação, comprometendo o desempenho no trabalho. Em um setor essencial como o da saúde, essas condições colocam em risco o atendimento à população.

 

Falta de Respostas e Desculpas Insustentáveis

 

Até o momento, a Secretaria de Saúde e o Conselho de Saúde de Valparaíso não apresentaram soluções concretas para a crise.

 

Vale lembrar que muitos dos integrantes da atual administração faziam parte do governo anterior, liderado por Pabio Mossoró, cuja gestão para a saúde foi amplamente criticada. Ou seja, os problemas que hoje afetam os trabalhadores já eram conhecidos, e as dificuldades financeiras herdadas não podem ser usadas como desculpa para a falta de ação imediata.

 

Responsabilidade e Urgência de Soluções

 

O município precisa agir com urgência e transparência. É fundamental que a Secretaria de Saúde cobre das empresas terceirizadas o cumprimento das obrigações trabalhistas e tome medidas legais, caso necessário. O Conselho de Saúde, por sua vez, deve exercer seu papel fiscalizador, assegurando que os recursos públicos sejam aplicados de forma eficiente e que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados.

 

A continuidade desses atrasos compromete não apenas os funcionários, mas todo o sistema de saúde do município, que depende diretamente do trabalho desses profissionais para atender à população.

 

Mobilização e Valorização

 

Diante desse cenário, é imprescindível que sindicatos, sociedade civil e autoridades competentes se mobilizem para pressionar por uma solução imediata. A saúde pública de Valparaíso não pode continuar refém de gestões que priorizam justificativas ao invés de resultados.

 

Garantir condições dignas de trabalho, regularizar os pagamentos e respeitar os direitos trabalhistas não são apenas medidas de justiça, mas também de compromisso com a qualidade do atendimento prestado à comunidade. É hora de responsabilizar os culpados, corrigir os erros e assegurar que situações como essa não se repitam.