Valparaiso de Goiás| Por Alex Soares (Blaublau)

Valparaíso de Goiás vive uma situação preocupante no setor da saúde pública e na gestão dos servidores municipais terceirizados. Desde dezembro de 2024, tanto o 13° salário quanto o ticket-alimentação de parte dos funcionários da saúde estão atrasados, gerando insatisfação e descontentamento generalizado.

A atual gestão, liderada pelo prefeito Marcus Vinícius, herdou um cenário que muitos descrevem como caótico. O ex-prefeito Pábio Mossoró, que entregou o cargo no final do ano passado, é apontado como o responsável pela “herança maldita”. Em reuniões realizadas ainda durante sua gestão, Mossoró teria sugerido que toda a responsabilidade pelos problemas de 2025 recairia sobre o novo prefeito, que agora enfrenta críticas vindas de todos os lados.

Exonerações e Ingratidão
A crise financeira não é o único problema enfrentado pela atual administração. Uma onda de exonerações tem causado revolta até mesmo entre os eleitores que apoiaram Marcus Vinícius nas eleições. Muitos relatam que participaram ativamente da campanha eleitoral, dedicando-se a bandeiraços e caminhadas, mas agora se sentem traídos pela falta de reconhecimento.

“Nos dedicamos para eleger um gestor que prometia mudança, mas o que recebemos foi ingratidão. É decepcionante”, desabafou um eleitor que preferiu não se identificar.

Sistema de Saúde à Beira do Colapso
O cenário na saúde pública é alarmante. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Marajó permanece fechada há anos, privando os moradores de atendimento básico. Para agravar a situação, Valparaíso segue sem leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o que coloca em risco a vida de milhares de pessoas que dependem do sistema público.

“É inadmissível que um município do porte de Valparaíso não tenha uma UTI. Estamos abandonados”, declarou um morador indignado.

Um Desafio para a Nova Gestão
Com o início do ano marcado por atrasos salariais, insatisfação popular e um sistema de saúde debilitado, a gestão de Marcus Vinícius enfrenta o desafio de recuperar a confiança da população e reestruturar os serviços básicos.

Os moradores agora aguardam que a administração tome medidas rápidas e eficazes para solucionar a crise, garantindo não apenas os direitos dos servidores, mas também a dignidade da população que depende dos serviços públicos.